O Templo (Salomão)
A construção de uma casa permanente para substituir o tabernáculo, ocupou sempre o pensamento de Davi, e, por isso, tratou logo no principio de seu reinado, de armazenar os materiais necessários à realização de seu plano, 2Sm 7; 1Rs 5.3-5; 8.17; 1Cr 22; 28.11 a 29.9.
Ajuntou 100.000 talentos de ouro e 1.000.000 de talentos de prata, para os gastos da casa do Senhor, 1Cr 22.14. Além disso, deu ele de seu bolso 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata; e os príncipes contribuíram com 5.000 talentos de ouro, 10.000 soldos de ouro, e 10.000 talentos de prata, fazendo um total de 108.000 talentos de ouro, 10.000 soldos de ouro e 1.017.000 talentos de prata.
Esta soma equivale a quase 4,9 milhões de dólares, ou quase 2,4 milhões de dólares, se fizermos o cálculo pelo sistema de peso mais reduzido.
Não é para admirar que ele pudesse ajuntar tão grandes riquezas, tomando em conta os despojos das guerras com os reinos vizinhos e os tributos dos países vencidos.
Todo o material amontoado foi posto à disposição do rei Salomão para a construção do templo e ainda sobejou 1Rs 7.51; 2Cr 5.1. Salomão deu principio à obra no quarto ano de seu reinado e completou-a dentro de sete anos e meio, 1Rs 6.1,38.
A aliança de Salomão com Hirão, rei de Tiro, facilitou a aquisição de madeiras do Líbano e de hábeis artífices.
O rei escolheu obreiros em todo o Israel, 30.000 homens, que ele mandava ao Líbano por seu turno, dez mil cada mês, 1Rs 5.13. Havia mais 150.000 entre carregadores e cabouqueiros, 1Rs 5.15; 9.20,21; 2Cr 2.2,17,18. Sobre este número de operários havia 550 inspetores e 3.300 sub-inspetores, 1Rs 5.16; 9.23, dos quais 3.600 eram cananeus e 250 israelitas, 2Cr 2.17; 8.10.
O templo foi levantado sobre o Monte Moriá, no lugar que tinha sido mostrado a Davi seu pai, na eira de Ornã, jebuseu, 2Cr 8.1.
O plano geral obedecia ao mesmo plano do tabernáculo; as dimensões eram em dobro e as ornamentações mais ricas. O interior do edifício media 60 côvados de comprimento e 20 de largura e 30 de altura (1 Côvado, aproximadamente 45 cm).
Neste particular, as proporções não condiziam com as do tabernáculo, 1Rs 6.2. As paredes do templo foram construídas com pedras que já vinham prontas, lavradas e perfeitas.
A coberta era de pranchões de cedro. As paredes da casa pelo interior eram guarnecidas de tábuas de cedro. Todo o Interior era coberto de ouro puríssimo, 1Rs 6.20,22,30; e 2Cr 3.7, e os muros, ornamentados com figuras de querubins, de palmas e de flores.
O santo dos santos media 20 côvados de cada lado com igual altura, 1Rs 6.16,20. O espaço de quase 10 côvados de alto, compreendido entre o teto e a cobertura, servia provavelmente para as câmaras superiores, revestidas de ouro, 1Cr 28.11; 2Cr 3.9.
A arca repousava no santo dos santos, 1Sm 8.6, sob as asas de dois querubins, feitos de pau de oliveira e cobertos de ouro. Cada um deles tinha 10 côvados de alto; o comprimento das asas era de 5 côvados, Isto é, 10 côvados desde a extremidade de uma das asas até a extremidade da outra.
Os querubins tinham as suas asas estendidas, e uma asa tocava na parede, e a asa do segundo querubim, tocava na outra parede, e as asas ajuntavam-se no meio do templo. Os querubins estavam em pé e os seus rostos virados para o templo exterior, 1Rs 6.23-28; 2Cr 3. 13.
A divisão entre o santo dos santos e o lugar santo era feita de tábuas de cedro, forradas de ouro de ambos os lados, e tinha duas portas de pau de oliveira, decoradas com palmas, querubins e flores, e também forradas de ouro, 1Rs 6.16,21,31,32; 2Cr 8.14.
O lugar santo, ou santuário tinha 40 côvados de comprimento, 20 de largo, e 30 de alto, com janelas oblíquas, próximas ao teto, para facilitar a ventilação e dar saída à fumaça, 1Rs 6.4. O altar do incenso era feito de cedro e coberto de ouro, 1Rs 6.20,22; 7.48. Pertencia ao santo dos santos, Hb 9.3,4, mas permanecia fora dele, sem dúvida, para que os sacerdotes, que só entravam no santo dos santos uma vez no ano, pudessem diariamente oferecer o incenso.
Havia dez castiçais de ouro e dez mesas. A entrada para o santuário tinha portas de pau de faia, 1Rs 6.33,34. Sobre a parede do templo havia diversos andares com quartos à roda, destinados aos oficiais do templo e à guarda das alfaias, 1Rs 6.5-10.
Havia um pórtico diante do templo, de 20 côvados de comprimento e 10 de largura e 120 de altura, 1Rs 6.3; 2Cr 3.4. Este pórtico tinha duas colunas de bronze, Jaquim e Boaz, cada uma delas com 18 côvados de altura, ricamente ornamentadas, 1Rs 7.15-22; 2Cr 3.15-17.
O templo tinha dois átrios, o átrio dos sacerdotes e o grande átrio, 2Rs 23.12; 2Cr 4.9; Jr 36.10, separados entre si, tanto por diferença de nível, como por um pequeno muro, formado de três ordens de pedras cortadas e de uma ordem de cedro, 1Rs 6.36; 7.12.
No átrio dos sacerdotes, havia um altar de bronze para os sacrifícios, 1Rs 8.64; 2Rs 16.14; 2Cr 15.8, quatro vezes maior do que o que havia no tabernáculo, e um mar de bronze, 1Rs 7.23-39. O mar de bronze destinava-se à purificação dos sacerdotes (eles lavavam as mãos e os pés, antes de irem para o altar e de entrarem no santuário); as bacias serviam para receber a farinha e o azeite e também o sangue dos sacrifícios, era feita de ouro, prata ou cobre.
O átrio exterior, ou grande átrio destinava-se ao povo de Israel, 1Rs 8.14, cujo pavimento era lajeado de pedra, cercado por um muro com porta lado a lado.
Os babilônios saquearam e reduziram a cinzas este templo, quando tomaram Jerusalém no ano 587 aC, 2Rs 25.8-17.
Fonte: Dic. Da Bíblia John Davis
Texto extraído do site Vivos!
10/10/2014