Sobre a dita "Inquisição Protestante"!
Paul Johnson, um britânico, católico conservador e anti-comunista, afirma que nunca houve uma Inquisição Protestante. Eis sua citação completa:
"Os Estados protestantes tendem a ser os principais beneficiários desta série internacional de movimentos religiosos. Eles poderiam ter uma religião oficial, mas tendem a ser mais tolerantes. Raramente empreendiam perseguição sistemática. Não havia neles o equivalente a inquisição. Eles não eram clericalistas. Permitiam que os livros circulassem com mais liberdade. Não abusavam do comércio com o direito canônico. Eles aceitaram a religião "privada" e colocaram o casamento e a família, no meio da mesma. Portanto, melhor se harmonizavam em uma comunidade capitalista. Em última análise, as sociedades protestantes apareceram para alcançar muito mais sucesso do que a católica, na medida que se desenvolvia o sistema capitalista. Esta questão já foi observado em 1804 por Charles de Viller em seu Charles de Viller en su Essai sur l'esprit et l'influence de la réformation de Luther".(Paul Johnson, A History of Christianity, pag 282-283. Traducão: Aníbal Leal e Fernando Mateo, Edição 1: Setembto 2010)".
Tratei de citar que ele é católico e anti-comunista, antes que algum romanista papista, me venha com objeções de que Paul seja algum inimigo da "Igreja" ou um marxista!! Pois, falácia genética, é o principal artifício que alguns católicos gostam de levantar contra nós.
Pois bem, alguns católicos no desespero de insistir nessa farsa de que houve uma inquisição protestante chegam a insinuar que, Johnson apenas se refere a não existência de um tribunal institucional protestante. Um certo blog católico administrado pelo Cris Macabeus insistia que nós haviamos tirado a frase do contexto, para negar a tal suposta "inquisição" protestante. Logo, de acordo com o raciocínio dele, os reformadores matavam pelo simples prazer de matar, sem direito a defesa, portanto não foi uma inquisição foi uma verdadeira carnificina.
Porém como se precebe, a citação está completa e perfeitamente no seu contexto, fora isso, o problema com a objeção do blog macabeus e o caiafarsa, é que se, mesmo que a frase do Johnson estivesse fora do contexto, os católicos também não podem sustentar que houve mesmo uma inquisição protestante... cabe ao pessoal do blog Macabeus e outros católicos, nos mostrar algum documento que sustente tal afirmação deles.
Portanto, simples e emotivas afirmações sensacionalistas, de que protestantes matavam por prazer e promoveram carnificinas, não passam de delírio da militância católica para tentar distorcer os fatos e negar as inumeras provas de que foi o catolicismo que por séculos impôs com ameaça de morte o direito de ser o unico representante do cristianismo.
Há também o fato de que tais afirmações exageradas dos católicos são ridículas e não tem nenhuma relevância para historiadores sérios. Primeiro porque sempre citam Lutero e os anabatistas, portanto não equivale ao sistema da Inquisição, é um caso específico. Segundo, porque cita Calvino e Genebra, muita coisa já foi escrita sobre o assunto, e também não representa nem de longe o que foi a inquisição católica. Terceiro, cita casos de revoltosos monarcas que investiram contra os católicos que atacavam protestantes e por fim, esses desinformados católicos citam o caso isolado das "bruxas de Salém". Portanto casos distintos que devem ser analisados pontualmente, NADA semelhante a algum tipo de Inquisição Sistemática como conhecida e foi promovida pela Igreja Católica Romana.
Essas lorotas católicas são veiculadas não só apenas no blog macabeus, mas também no site mais rídiculo entre os "apologéticos" catolicos o : https://caiafarsa.wordpress.com/ . O interessante, é que nenhum historiador sério defende a farsa que eles tanto balburdiam por ai. Eles fazem e tumultuam até mesmo com eventos relacionados à guerra dos trinta anos.
"Inquisição Protestante?!"
Fiz uma varredura em diversos sites de apologética e em livros acadêmicos sobre os erros do protestantismo e não achei nada a respeito que se relacione ao termo Inquisição Protestante, se algum católico puder me ajudar, fico agradecido, mas por favor quero as fontes. Pelo que pude encontar, essa é uma frase de Dave Armstrong(um apologista católico) sem nenhum fundamento histórico, ainda bem que historiadores como James A. Haught, Eamon Duffy, Justo L.Gonzales e o proprio Paul que também é um católico, desmentem essa afirmativa facilmente, mas, muitos ditos apologistas de quinta, e amadores de estória e não história, levam essa lorota adiante.
Essa galera militante católica, precisa entender que protestantes não têm nenhum problema em admitir que cometeram erros no passado, essa questão realmente não levanta quaisquer problemas graves para o protestantismo pois evangélicos verdadeiros seguem as Escrituras Sagradas; Lutero, Calvino, Zwinglio, não apontaram a si mesmos, e sim às Escrituras - Sola Scriptura.
Personalismo humano ou culto à personalidade são princípios rejeitados por evangélicos, por inspiração Bíblica. Nenhum dos reformadores do passado ou lideres do presente são tidos por nós como um papa ou algum santo especial....pra nós, só a PALAVRA DE DEUS é infálivel. A verdadeira Igreja cristã jamais deu sua fidelidade ao Papa nem foi parte da Igreja Católica Romana. Por recusarem essa lealdade, verdadeiros cristãos, que sempre existiram em grande número, independentemente de Roma, foram massacrados aos milhões pela Igreja Católica Romana(ver Nota 1 no fim do artigo). Essa é a verdade.
O texto seguinte, que foi extraído do "Decreto dos Imperadores Graciano, Valentino II, e Teodósio I" do dia 27 de fevereiro de 380 d.C, refere-se ao estabelecimento do [cristianismo], "catolicismo romano" como a religião do Estado e a proibição de qualquer outra forma de adoração:
"Nós ordenamos que aqueles que crêem nessa doutrina [de Roma] devem receber o título de cristãos católicos, mas os outros, nós os julgamos serem loucos e delirantes e dignos da desgraça resultante do ensinamento herético, e as suas assembléias não são dignas de receber o nome de igrejas. Eles devem ser punidos não só pela vingança divina mas também pelas nossas próprias medidas, que decidimos de acordo com a inspiração divina."(Sidney Z. Ehler e John B. Morrall, tradutores e editores desses documentos antigos, Church and State Through the Centuries (Londres, 1954), p.7.). Ver nota 2 no fim do artigo.
Os católicos dizem que protestantes promoveram chacinas, mas esquecem que numa só campanha o exército do Papa Inocêncio III, no que ele chamou de "a conquista coroadora de seu papado", matou 60.000 cristãos albigenses quando aniquilou a cidade inteira de Beziers, na França. No século seguinte os albigenses, que chegaram a incluir a maioria da população do sul da França, foram quase exterminados por essa igreja perseguidora. O mesmo destino foi dado aos cristãos valdenses, bem como a outros seguidores de Cristo, tais como os huguenotes, dos quais várias centenas de milhares foram mortos, 70.000 só no infame Massacre de São Bartolomeu em 1572.
Muitos outros exemplos da história poderiam ser dados de como essa perseguição e massacre dos verdadeiros cristãos aconteceu nas mãos da Igreja Católica Romana, mas temos que nos limitar a uns poucos. Considere a carta do Papa Martinho V (1417-31) ordenando ao rei da Polônia exterminar os hussitas (aqueles que tinham a mesma fé que o mártir Jan Hus). Isso oferece uma percepção das razões pelas quais os papas odiavam ainda mais os verdadeiros cristãos:
"Saiba que os interesses do Santo Governo [Roma papal], e daqueles de sua coroa, consideram o seu dever exterminar os hussitas. Lembre-se de que essas pessoas ímpias se atrevem a proclamar princípios de igualdade; eles afirmam que todos os cristãos são irmãos... que Cristo veio à terra para abolir a escravidão; eles chamam as pessoas à liberdade, isto é à aniquilação de reis e bispos. Enquanto ainda há tempo, pois, levante suas forças contra a Boêmia; queime, massacre, faça desertos por toda parte, porque nada poderia ser mais agradável a Deus, ou mais útil para a causa dos reis, do que o extermínio dos hussitas".(R.W. Thompson, The Papacy and the Civil Power (New York, 1876), p. 553).
Mas, longe de ser tendencioso e negar a verdade, eu assumo e todos evangélicos também devem assumir, é que, de fato houveram erros que nossos antepassados protestantes cometeram dos quais trataremos a seguir, mas também é importante lembrar que o exame das Escrituras levou os reformadores a reconhecer e deixar esses erros; por isso as Escrituras servem de padrão de conduta, trazendo ainda preceitos disciplinares que mostram que mesmo líderes são sujeitos a erros, e que seus erros devem ser repudiados.
Vale lembrar que uma "Inquisição" é um tribunal da igreja católica usando a lei romana para investigar e punir a heresia, entregando o condenado impenitente e herege ao braço secular para a execução. A palavra "herege" nesse contexto, significa aquele que escolhe, que professa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja como sendo matéria de fé. Então, todos os que se rebelavam contra a autoridade papal ou faziam qualquer espécie de crítica à Igreja de Roma eram considerados hereges. INQUISIÇÃO é o ato de INQUIRIR: indagar, investigar, pesquisar, perguntar, interrogar judicialmente. Os hereges seriam os "irmãos separados", os "protestante", os "crentes", os "evangélicos" de hoje.
A Igreja Católica, no seu Direito Canônico, estabelece uma distinção entre heresia, apostasia e cisma. Assim diz este documento: "Depois de recebido o batismo, se alguém, conservando o nome de cristão, nega algumas das verdades que se devem crer com fé divina e católica ou dela duvida, é HEREGE. Se afasta-se totalmente da fé cristã, é APÓSTATA. Se recusa submeter-se ao Sumo Pontífice (o Papa) ou tratar com os membros da Igreja aos quais está sujeito, é CISMÁTICO" (Direito Canônico 1.325, párag. 2). Então, por esse raciocínio e decreto de Roma, os milhões de crentes no mundo são hereges e cismáticos porque negam muitas das "verdades" da fé católica, não se submetem ao Sumo Pontífice, e só reconhecem Jesus Cristo como autoridade máxima da Igreja.
Em suma, a INQUISIÇÃO foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Já protestantes nunca tiveram isso, porque as igrejas protestantes nunca tiveram esse tipo de autonomia, embora os calvinistas tenham chegado perto, às vezes. Ainda assim, se você olhar para o caso Servet, por exemplo, você vêra que Calvino acusou Servet perante as autoridades civis. O Consistório (a companhia de pastores, liderado por Calvino) não tinha autoridade para condenar Servet em si, como a Inquisição Católica teria feito. A opinião de Calvino teve peso é claro, Calvino afirmou 7 anos antes de Servet ser preso que, se a opinião dele tiver peso, Miguel não sairia de Genebra vivo. Contudo, o fato é que a opinião de Calvino a favor ou contra Servet não faria nenhuma diferença já que ele não tinha tal autoridade no julgamento de Servet que já havia sido condenado pelos inquisidores católicos a morte.
Um Fator Comum
O fanatismo que levou os católicos ao assassinato era geralmente associado com a Eucaristia e a hóstia, que, de acordo com a igreja, tornavam-se literalmente o corpo e sangue de Cristo na missa, através do suposto milagre da "transubstanciação". Cristãos verdadeiros, independentes de Roma, não aceitavam essa doutrina. A Bíblia claramente ensina que Cristo morreu uma vez pelos pecados do mundo, ressuscitou fisicamente, e agora está vivo à mão direita do Pai num corpo glorificado, e nunca mais morrerá. Então, nenhuma hóstia poderia se tornar literalmente o corpo de Cristo e ser oferecida repetidamente nos altares católicos numa suposta repetição de Seu sacrifício na cruz.
Pela rejeição da doutrina da transubstanciação, centenas de milhares de cristãos foram queimados na fogueira pelos católicos romanos. O historiador da igreja R. Tudor Jones escreve que "a maioria dos mártires eram pessoas comuns, inclusive muitas mulheres... Os longos interrogatórios de um grande número dessas pessoas ainda existem e eles se concentram em assuntos tais como suas crenças sobre a Bíblia [Roma afirmou ser a única que podia interpretá-la] e sua autoridade [que Roma afirmou residir na igreja ao invés de na Escritura], transubstanciação" e outras doutrinas católicas inaceitáveis a cristãos.(R. Tudor Jones, The Great Reformation (InterVarsity Press), p. 164).
John Foxe foi uma testemunha e um historiador meticuloso da forte perseguição na Inglaterra nessa época. Seu Book of Martirs (Livro dos Mártires) contém registros detalhados de muitos julgamentos e muitas execuções públicas daqueles que a Igreja Católica Romana julgava hereges dignos de morte. Suas descrições de cristãos sendo queimados na fogueira falam da sua coragem diante de uma morte tão terrível e da determinação do catolicismo romano de exterminar em todo lugar os verdadeiros cristãos que se opusessem a ele.
Ficaram registros semelhantes dos massacres dos judeus nas mãos da Igreja Católica. Geralmente suas mortes, como as dos mártires cristãos, resultaram da crença católica romana de que a hóstia tornava-se literalmente o corpo de Cristo. Em 1243, "toda a população judaica de Belitz, perto de Berlim, foi queimada viva pela acusação de alguns deles terem violado a hóstia consagrada". Em 1298, "todos os judeus em Rottingen foram queimados vivos, acusados de desecrar uma hóstia sacramentada".(Will Durant, História da Civilização.Vol. IV, p. 391).
Em Deggendorf toda a comunidade judaica foi massacrada por supostamente roubar e "torturar" uma hóstia consagrada. Quem esqueceria a inscrição na igreja católica naquela pacata cidade que durante séculos, sob uma pintura comemorativa do massacre dos judeus, proclamava em triunfo "cristão": "Deus permita que a nossa pátria seja para sempre livre dessa escória infernal"!(Guenter Lewy, The Catholic Church and Nazi Germany (McGraw-Hill, 1964), pp. 272-273).
E quem pode negar que séculos de tal fanatismo preparariam a Alemanha para a "solução final" de Hitler? E ainda os tais "apologistas" católicos me tem a falaciosidade em insinuar que foi Lutero quem deu origem ao nazismo de Hitler( leia esse artigo).
Rindfleisch, um barão católico devoto, "organizou e armou um bando de cristãos [católicos romanos] jurados a matar todos os judeus; eles exterminaram completamente a comunidade judaica de Wurzburg, e assassinaram 698 judeus em Nuremberg. A perseguição se espalhou e, em meio ano, 140 congregações judaicas foram destruídas." Em 1236, soldados da cruzada "invadiram as colônias judaicas de Anjou e Poitou... e ordenaram que todos os judeus fossem batizados; quando os judeus se recusaram, os soldados pisotearam 300 deles sob os cascos de seus cavalos."(Durant, op. cit., Vol. IV, pp. 391,393-94).
Com esse histórico, o tratamento de Hitler aos judeus não é tanto um caso isolado quanto uma continuação do que estava acontecendo há séculos promovido pelo catolicismo romano.
Lech Walesa, um católico romano devoto, declarou recentimente na TV: "Uma gangue de judeus tomou conta dos nossos recursos e explorou nossa terra, e seu objetivo é nos destruir." Hitler fez as mesmas acusações para preparar a Alemanha para sua "solução final" do problema judeu.
Não é novidade pra nós, um fator muito peculiar do catolicismo que é o de, descaradamente acusar os outros daquilo que a Igreja Romana fez por séculos. De certo que lideres protestantes tiveram algum garu de participação na morte de outras pessoas, contudo tal ação não era incentivada como sendo cristã. Já no catolicismo, as atrocidades eram incentivadas de alto a baixo. Um historiador católico escreve:
Dos oitenta papas seguidos desde o século treze, nenhum desaprovou a teologia e os aparatos da Inquisição. Pelo contrário, um após o outro acrescentou as suas próprias crueldades aos trabalhos dessa máquina mortífera. (Peter de Rosa, Vicars of Christ: The Dark Side of the Papacy (Vigários de Cristo: O Lado Negro do Papado). Crown Publishers, 1988, pp. 175-76.
O que os militantes católicos não sabem ou querem esconder, é que a Inquisição Católica consumiu centenas de vezes mais não-católicos do que qualquer perseguição promovida por protestantes. Durante 15 séculos (durante 1.200 anos antesda Reforma) a Igreja Católica Romana, ao mesmo tempo em que estava matando judeus aos milhares, torturava e matava cristãos aos milhões. Um dos historiadores católicos mais respeitados do século dezenove escreveu:
"Através da... atividade incansável dos papas e seus legados... a posição da Igreja era .. [que] todo desvio do ensinamento da Igreja, e toda oposição importante a qualquer ordenança eclesiástica, deviam ser punidos com morte, e a mais cruel das mortes, pelo fogo... Eram os papas que incentivavam bispos e padres a condenar os heterodoxos à tortura, confisco de seus bens, aprisionamento, e morte, e impor a execução dessa sentença às autoridades civis, sob pena de excomunhão... Todo papa confirmava ou acrescentava aos artifícios de seu antecessor... [envolvendo] a Inquisição, que contradizia os princípios mais simples da justiça cristã e o amor ao próximo, e teria sido rejeitada com horror universal na igreja primitiva".(J.H. Ignaz von Dollinger, The Pope and the Council (O Papa e o Concílio). Londres, 1869, pp. 190-93).
A maioria dessas vítimas foram verdadeiros seguidores de Cristo, que através dos séculos recusaram aliar-se ao papa ou sua Igreja e que ao invés disso procuraram seguir a Bíblia como seu guia em todos os assuntos de fé e prática. Como resultado eles foram odiados, caçados, perseguidos, torturados, e massacrados pela Igreja Católica Romana em nome de Cristo, em completa oposição a tudo que Cristo ensinou. Esse falso "cristianismo" sediado em Roma se tornou tão sanguinário quanto o islamismo, e em muitos casos, pior. Portanto a Reforma que ocorreu no século dezesseis sob a liderança de Martim Lutero, teve uma enorme importância. Multidões começaram a ler a Bíblia por conta própria e como resultado foram libertos do engano de que a Igreja Católica Romana tinha as chaves do céu. Ao invés de seguirem o papa, eles se tornaram seguidores de Jesus Cristo.
O ex-católico Martinho Lutero, um dos expoentes da Fé Reformada, teve a coragem de protestar contra a venda de indulgências, um comércio que estava denegrindo o Cristianismo. A partir daí, o Cristianismo, sob a graça de Deus, seguiu seu caminho livre das heresias. A ruptura foi necessária num momento em que o catolicismo pretendia se estender por todo o mundo, sempre com a ameaça de colocar na fogueira seus opositores. Então o Cristianismo seguiu seu caminho com a verdade bíblica, tendo unicamente Jesus como Senhor, Mediador, Advogado e Intercessor, conforme as Escrituras.
O catolicismo atacou muçulmanos nas Cruzadas, os missionários católicos nas Américas tentaram converter os nativos sob ameaça de morte. Carlos Magno e outros imperadores romanos espalharam o catolicismo romano pela espada ao mesmo tempo que os muçulmanos espalhavam o islamismo pelo mesmo meio. Qualquer "cristianismo", no entanto, que tenha sido difundido pela espada foi uma fraude. Qualquer pessoa que afirma ou afirmou ser um cristão e age ou agiu com violência contra outra pessoa, tanto para defender ou difundir a fé "cristã", está e estava agindo em clara oposição aos ensinamentos da Bíblia e de Cristo e Seu exemplo. Isso não é cristianismo!
Portanto um "cristão", que participou das Cruzadas e matou judeus para tomar a Terra Santa para a Igreja, ou qualquer pessoa que se uniu às cruzadas ainda mais violentas e extensas contra os albigenses, valdenses, hussitas, ou huguenotes, e massacrou esses e outros cristãos que recusaram a aliança com a Igreja Católica Romana, não era um verdadeiro cristão. Tal pessoa estava agindo em oposição direta tanto ao ensino quanto ao exemplo de Jesus Cristo. Lembre-se da acusação citada acima por aquele historiador católico do século dezenove contra a sua própria igreja pela tortura e pelo assassinato daqueles que se opuseram a ela: "[A Inquisição] contradizia os princípios mais simples da justiça cristã e do amor ao próximo, e teria sido rejeitada com horror universal na Igreja primitiva." (J.H. Ignaz von Dollinger, op. cit., pp. 190-93).
No entanto, não é o que pensa algumas mentes católicas, em muitas discussões que tive com militantes católicos, tive o desprazer de ver que muitos consideram a inquisição como algo santo, que foi necessário, muitos ainda tem a mesma mentalidade que o Papa Inocêncio III, a de exterminar aqueles que não se submetem a Roma. Assim pensam muitos miltantes católicos que se intitulam pela rede como Cruzados Católicos, e outros militantes a exemplo do caifarsiano Paulo Leitão, um dos moderadores de diversas páginas católicas que vivem a promover ataques contra evangélicos, ataques recheados de calinias e difamações sempre baseadas em versões espatalhos de nossas objeções.
Eis o que dizem:
Percebam que tais militantes católicos, mantém um certo pensamento um tanto que extremista não é mesmo? Mas, qual a intenção desse extremismo?? até onde iriam com esse extremismo?
Vejam o print abaixo:
Nem é preciso explicar, a militância católica mantém o mesmo espirito homicida da idade média, vejam outro comentário asqueroso:
Na imagem acima, idêntifico o católico como "caótico qualquer", perceba que ele não nega a inquisição, ele simplesmente e estranhamente defende as atrocidades dizendo que os hereges é que foram queimados. No entanto, herege ou não, não foi isso que Cristo ensinou.
Durante a primeira parte de seu ministério, Jesus Cristo foi abordado por dois de seus discípulos — Tiago e João — que tinham acabado de voltar da pregação da mensagem do evangelho por todo o Israel. Esses dois discípulos estavam aborrecidos, porque algumas cidades inteiras tinham recusado ouvir sua mensagem; eles perguntaram ao Senhor:
"Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?" [Lucas 9:54].
Jesus Cristo ficou horrorizado e respondeu:
"Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las." [Lucas 9:55-56].
Vamos repetir essa frase pertinente: "o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens".
Em nenhum lugar nas Sagradas Escrituras Jesus matou alguém que discordasse dele, tampouco ensinou que seus seguidores fizessem isso. Nenhum dos apóstolos deu essa instrução à igreja mais tarde no Novo Testamento.
"A Inquisição foi possível porque deu-se mais importância ao Direito Canônico, à unidade da Igreja e do Estado do que à Escritura e aos Santos Pais".(Pe. José A. Besen). Esses católicos militantes que defendem ou negam as atrocidades da inquisição, deveriam ler o que Pier Damiani (1007-1072) afirmou orgulhosamente: "os santos estão dispostos a sacrificar a própria vida pela fé, mas nunca a matar hereges".
Podemos até entender o mundo em que surgiu e progrediu a Inquisição, mas nunca justificá-la. Ela é um atentado ao Senhor misericordioso e paciente, um atentado à dignidade humana, um atentado às convicções religiosas das pessoas, como se os hereges estivessem na heresia por divertimento. Não se pode anunciar o Salvador que morre pelos inimigos torturando, prendendo, matando. E mais uma vez, lembre-se do que disse certamente aquele historiador católico do século dezenove contra a sua própria igreja pela tortura e pelo assassinato daqueles que se opuseram a ela: "[A Inquisição] contradizia os princípios mais simples da justiça cristã e do amor ao próximo, e teria sido rejeitada com horror universal na Igreja primitiva."
Mas, infelizmente, o proselitismo da militância católica não acaba por aqui, apoiados num certo estoricismo (diferente de história) os militantes católicos fazem os mais diversos malabarismos e distorções, para sustentarem que nunca houve uma inquisição católica do tipo documentado acima, eles vão além e insistem em dizer que o certo, é que houve a dita "inquisição protestante". Abaixo estão listadas as principais desinformações que eles propagam na internet. E infelizmente, pra eles, tais falsas acusações ou tentativa de defesa, são completamente refutavéis.....
Ei-las:
1- Dizer que a inquisição protestante foi maior que a católica.
Resposta:
Nunca houve uma inquisição protestante , para existir, deveria haver uma AUTORIDADE PROTESTANTE gerada por doutrina , e perseguições comandadas por suposto amparo doutrinário , (lembrando da regra máxima do protestantismo : SOLA-SCRIPTURA – autoridade SOMENTEpelas escrituras) , ora é evidente que uma vez restabelecido o ensino de Cristo de responsabilizarmo-nos pela salvação individual (e não aquela vergonha de vender o ‘céu’ por indulgëncias) , e agir como mandam as escrituras (e não ficar bajulando pessoas que escondem pedofilia), NÃO HÁ responsabilização conjunta , cada qual deve ser apontado pelos seus erros doutrinários e impactos oriundos.
Assim é uma falácia imperiosamente hipócrita de generalização indevida , que alguns católicos sabem muito bem ser , mas não ‘abandonam o osso’ , pois isto seria reconhecer que nosso método (cada um per-sí , Deus por todos, pelas escrituras) é melhor , pois já faz AGORA a divisão do joio e trigo , enquanto no catolicismo muitos são obrigados a aplaudir o joio .
Já a inquisição católica foi COMANDADA de alto à baixo , comando papal , por concílios (como o de tolouse), foi anuida pelo clero em peso , foram estabelecidos TORTURADORES OFICIAIS , e baseados na velha cantilena mentirosa de ‘fora da ICAR não há salvação’ , quando a frase vergonhosamente vaidosa (pecado que fez cair SATANÁS) deveria ser corrigida para : FORA DE CRISTO E SUA PALAVRA não há salvação, pois ESTE é o significado de IGREJA , da qual CRISTO é o cabeça.
2 - Dizer que as mortes na inquisição católica não passam de 1000.
Resposta:
Conta-se , como bem a história nos ensina , CENTENAS DE MILHARES, a começar pela perseguição dos Albigenses/cataros e tantos outros , pois é evidente que não se contam apenas julgamentos individualizados , MUITO MENOS , a outra mentira astuta de ‘foram os susseranos , governos e reis que faziam’ , pois em todos estes casos a Igreja católica tinha poder de vida e morte ,poderia poupar , dar clemência , absolver , ou condenar , pouco importando (para pessoas minimamente objetivas sobre honestidade intelectual) se o procedimento tinha sido iniciado por uma queixa de autoridade , em suma – TODOS sabemos que praticamente não havia divisão entre governo e Igreja na idade média.
Recentimente a Igreja Católica Romana resolveu abrir os arquivos do Santo Ofício ou Inquisição, colocando-os à disposição dos pesquisadores. Nesses arquivos constam 4.500 obras sob fatos e julgamentos de quatro séculos da Igreja Católica, conforme noticiado. De acordo com esse poucos documentos, os militantes católicos chegam ao absurdo de calcular apenas 6.000 mortes, outros apelam pra 100, contudo, só em Lisboa consta-se mais de 32 mil documentos, portanto se Portugal tem mais de 30 mil, como é que Roma tem apenas 4,500? É preciso ser muito ignorante seletivo pra negar a farta documentação inclusive católica a respeito.
3- Fazem das revoltas populares como "inquisição protestante".
Resposta:
Nunca houve inquisição oficial protestante ,o que aconteceu como o proprio Paul comenta, foi um ou outro governante , convertido ao protestantismo (em termos) ter perseguido revoltosos católicos (esta parte também sempre esquecem , pintando como se fossem sintomáticas contra ovelhas obedientes e pacíficas). Alguns casos houveram perseguições mais desmotivadas , no entanto novamente , frutos INDIVIDUAIS e NÃO institucionais , os católicos que assim acusam , talvez queiram é justificar os ateus que acusam os padres de serem pedófilos (generalização pela generalização , embora neste caso os ateus teriam mais razão , já que É UM DESVIO DOUTRINÁRIO que dá combustível a isto , a proibição do casamento , em CLARO CONTRÁRIO à Santa Palavra) . Por fim , muitas vezes os defensores católicos ‘esquecem-se’ de relatar quem começou o que e como .
4- João Servet, o descobridor da circulação do sangue, foi queimado em Genebra, por ordem de Calvino. (acreditem, está assim mesmo João Servet...em todos os sites e blogs católicos).
Resposta:
João Calvino era Francês, um estrangeiro não podia votar no tribunal de Genebra, embora ele concordasse com a Execução de Serveto. Outra coisa, Miguel de Serveto, não João de Serveto,descobriu a circulação pulmonar do sangue. Quem descobriu a circulacão sanguinea foi o inglês Willian Harvey, que deve ter se baseado em muito de Serveto com certeza.
5- O historiador protestante Henry Hallam afirma: ‘A tortura e a execução dos jesuítas no reinado de Isabel Tudor foram caracterizadas pela selvageria e o dano físico’.
Resposta:
A filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão a “Bloody Mary”, católica ardente tentou devolver a Inglaterra ao catolicismo, em 3 anos matou 300 protestantes. Elizabeth I Protestante reinou 45 anos e matou duzentos católicos.
6 - Na Escócia presbiteriana de John Fox, durante um período de seis anos, foram queimadas mais de 1.000 (mil) mulheres acusadas de feitiçaria.
Resposta:
Não é John Fox e sim John Knox, John Fox ou Foxe,é o escritor do livro dos mártires.
7- É um mito a afirmação de que a prática da tortura foi uma arma católica na Inquisição.
Resposta :
Mito é a afirmação católica acima. No "Livro das Sentenças da Inquisição" (Liber Sententiarum Inquisitionis) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), "um dos mais completos teóricos da Inquisição", descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro".
Usava-se, dentre outros, os seguintes processos de tortura: a manjedoura, para deslocar as juntas do corpo; arrancar unhas; ferro em brasa sob várias partes do corpo; rolar o corpo sobre lâminas afiadas; uso das "Botas Espanholas" para esmagar as pernas e os pés; a Virgem de Ferro: um pequeno compartimento em forma humana, aparelhado com facas, que, ao ser fechado, dilacerava o corpo da vítima; suspensão violenta do corpo, amarrado pelos pés, provocando deslocamento das juntas; chumbo derretido no ouvido e na boca; arrancar os olhos; açoites com crueldade; forçar os hereges a pular de abismos, para cima de paus pontiagudos; engolir pedaços do próprio corpo, excrementos e urina; a "roda do despedaçamento funcionou na Inglaterra, Holanda e Alemanha, e destinava-se a triturar os corpos dos hereges; o "balcão de estiramento" era usado para desmembrar o corpo das vítimas; o "esmaga cabeça" era a máquina usada para esmagar lentamente a cabeça do condenado, e outras formas de tortura.
8 - Houveram muitos massacres protestantes.
Resposta:
os católicos não foram menos tolerantes:
Com a promessa de irem diretamente para o Céu, sem passagem pelo purgatório, muitos homens eram exortados pelos inquisidores para guerrearem contra os hereges. No ano de 1209, em Beziers (França), 60 mil foram martirizados; dois anos depois, em Lauvau (França), o governador foi enforcado, sua mulher apedrejada e 400 pessoas queimadas vivas. A carnificina se espalhou por outras cidades e milhares foram mortos. Conta-se que num só dia 100.000 hereges foram vitimados. Depois de acusados, os hereges tinham pouca chance de sobrevivência. Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. Os católicos, promoveram a matança dos valdenses, huguenotes, albigenses, na Espanha mais de 10 mil pessoas foram queimadas vivas, mataram milhares de anabatistas, houve massacres em Portugal, em Portugal, o número de sentenciados atingiu 23.068, dos quais 1.554 condenados à morte. Na torre do Tombo, em Lisboa, estão registrados mais de 36.000 processos.
Essas objeções acima, são encontradas em qualquer blog ou site católico..... e aqui, foi dado apenas uma breve refutação a tais lorotas. mais a frente disponibilizarei um artigo com dados e fontes precisas sobre as atrocidades católicas, eis algumas delas abaixo:
Inglaterra:
Henrique VIII Antes de romper com o Papa, atacou o luteranismo a ponto de ser chamado de defensor da fé pelo mesmo. Escreveu defendendo os sete sacramentos.
A filha de Henrique VIII, a "Bloody Mary" tentou devolver a Inglaterra ao catolicismo, matou 300 protestantes em 3 anos.
Elizabeth II matou 200 católicos em 45 anos de reinado.
França:
Catarina de Médici, juntamente com Duques Católicos, arquitetou matar o líder Huguenote Gaspard de Coligny, como o assassino errou o alvo, eles decidiram matar os Huguenotes antes de contra atacarem. Na noite de 24 de Agosto de 1572,noite de São Bartolomeu,tropas católicas trucidaram os Huguenotes em Paris.
A cabeça de Coligny foi enviada a Roma e o Papa Gregório XIII, a recebeu alegremente. O Papa cunhou uma medalha celebrando a Vitória da Rainha....
Países Baixos:
A Rainha Maria da Hungria,ordenou a execução de todos os hereges, tomando cuidado para que a província não fosse despopulada. Quem se retratasse se livraria da fogueira.
O Rei espanhol Felipe II, governante da Holanda e Bélgica, era obcecado por deter o Protestantismo, promoveu massacres na Antuérpia e massacrou Protestantes no Haarlem em 1573.
Escócia :
O Cardeal David Beaton mandou para fogueira os lideres Protestantes Patrick Hamilton e George Wisharr,seus seguidores mataram Beaton e o penduraram no Castelo.
John Knox e seus companheiros foram embarcados como escravos em galés.
A Rainha Escocesa Mary de Lorraine, católica , declarou os Protestantes hereges provocando insurreições. Posteriormente a sua morte a francesa Mary, torno-se Rainha, conspirou contra o seu marido e se casou com o chefe dos assassinos. Os proprietários de terra se revelaram a derrotaram e prenderam no Castelo.
Guerra dos Trinta anos:
Começou porque os Católicos dos Habsburgos queriam eliminar os Calvinistas. No palácio Imperial de Praga, nobres Protestantes atiraram dois ministros Católicos pela janela. Os exércitos Católicos no decorrer dizimaram os Protestantes e o Imperador Ferdinando II decidiu erradicar o Protestantismo.
Os Protestantes pediram ajuda a Cristiano IV da Dinamarca, mas este acabou derrotado. Adolfo da Suécia marchou sobre a Alemanha para resgatar seus companheiros de credo,os católicos enquanto isso massacraram os Protestantes de Magdeburgo, o Rei Gustavo foi morto e suas tropas se vingaram nos camponeses católicos.A França Católica por questões políticas ficou ao lado dos Protestantes.
A paz de Westphalia,encerrou a guerra, prescrevendo o fim do controle Papal sobre governos civis.
ps: Esse assunto é muito vasto, você pode ler mais em outros artigos aqui no site, logo postarei outros de minha autoria.
Todas as informações veiculadas nestes artigos, podem ser encontradas nas referências abaixo:
- Dave Hunt- Jerusalém, um Calice de Tontear.
- Will Durant - História da Civilização.
- Maria Nazareth Alvim de Barros - Deus Reconhecera os seus, a historia secreta dos cataros .
- Didier Lahon - Inquisicao pacto com o demonio e “magia” africana em Lisboa no seculo XVIII.
- Michael Baigent - A Inquisição.
- João Bernardino Gonzaga - A Inquisição em seu mundo.
- Jacopo Fo - O Livro Negro do Cristianismo- Dois Mil Anos de Crimes em Nome de Deus.
- Malleus Maleficarum - Os instrumentos de tortura usados na inquisição.
- Carlo Ginsburg - Os Andarilhos do Bem.
- Sérgio B. de Holanda - História Geral da Civilização
- Friedrich von Spee - Cautio Criminalis
- Leonardo Sciascia - Morte dell'Inquisitore.
- Arquivos sobre a Inquisição da Fundação Nobel, em Estocolmo - Arquivos do Estado de Bamberg, Bavaria Alemanha - Bamberg Staatsbibliothek Deutchland.
- David Gitlitz (especialista em História Medieval), Stephen Haliczer (historiador), Charmaine Craig (escritor) e Joseph A. Di Noia (teólogo e reverendo).
- Régine Pernoud - Luz Sobre a Idade Média.
- Johon Folaine- O Segredo do Vaticano.
- Johann Joseph Ignaz von Döllinger - O Papa e o Concílio.
- Peter de Rosa - Vigários de Cristo: O Lado Negro do Papado.
- Jeovah Mendes - Os piores assassinos e hereges da história - 30 Papas que envergonharam a história.
- Ralph Woodrow - Babilônia: a religião dos mistérios.
- Paul Johnson, História do Cristianismo.
--------------------------------------
obs:
O que é mais perturbador nessa história sobre inquisição, não é o número de pessoas condenadas à morte pela Inquisição, mas o fato de que foram levados a julgamento todos aqueles que estavam deixando a doutrina católica.
Nota 1:
Quanto ao número de vítimas da Inquisição não há forma de determinar com precisão. Então a maior parte dos números que se avançam ou diminuem, quer sejam feitos por católicos ou protestantes, são apenas palpites particulares.
No entanto, há uma fonte que é mais que um mero palpite, porque obedece a uma metodologia de cálculo, e portanto merece credibilidade científica.
A fonte é a Oxford World Christian Encyclopedia que é uma obra de referência padrão. Pode-se citá-la como factual, e as suas referências são aceites na academia.
World Christian Encyclopedia (2001): This book is the standard reference work for religious statistics of all kinds, both Britannica and the World Almanac cite from it.
CONFESSION OF VICTIMS, AD 33-2000
(total martyrs of each tradition)
Orthodox 42,798,000
Russian Orthodox 21,626,400
East Syrians (Nestorians) 12,379,000
Ukrainian Orthodox 3,500,000
Gregorians (Armenian Apostolic) 1,215,100
Roman Catholic 12,210,000.
Catholics (before AD 1000) 855,000
Independents 3,512,000
Protestants 3,172,000
Anglicans 1,046,000
Marginal Christians 6,700
other and background martyrs 6,675,700
PERSECUTORS AND THEIR VICTIMS,
AD 33-2000
Persecutors responsible Martyrs
State ruling power 55,871,000
Atheists (overlap with above) 31,689,000
Muslims 9,121,000
Ethnoreligionists (animists) 7,469,000
Roman Catholics 5,171,000
Quasi-religionists 2,712,000
Buddhists (Mahayana) 1,651,000
Hindus 676,000
Zoroastrians (Parsis) 384,000
Eastern Orthodox 222,000
Other non-Christians 115,000
Other Christians 146,000
SUBTOTALS:
Non-Christian persecutors 63,882,000
Christian persecutors 5,538,000
Total all martyrs 69,420,000
( o marcado em azul refere-se ao numero de martires católicos ao longo dos séculos, o marcado em vermelho, refere-se ao numero de mortos devido perseguições promovidas pela Igreja Romana).
https://www.gordonconwell.edu/resources/documents/gd16.pdf
Como se pode ver, este estudo aponta para cerca de 5 milhões as vitimas do Catolicismo Romano.
Portanto, deve-se admitir que a carnifícina foi ainda maior do que aquilo que muitos imaginam, e que na verdade pode ascender à casa dos milhões o número de vítimas do Catolicismo Romano.
Outra fonte usada também por católicos calcula as mortes a casa de poucos milhares, cerca 6.405.
No entanto, basta ter havido só uma vítima para que a culpa de derramamento de sangue inocente não possa ser negada à instituição vaticana e a sua integridade questionada.
Muitos católicos dizem que a "Igreja é santa", querendo com isto afirmar uma impecabilidade moral e doutrinal do romanismo que é pura fantasia.
Nota 2:
O catolicismo romano não foi estabelecido quando o cristianismo se tornou a religião oficial do império romano. Nem foi estabelecido num determinado momento na história (como também não foi a ortodoxia oriental ou o protestantismo), mas é o catolicismo romano, resultado de vários acontecimentos históricos e de um longo processo de desvios na doutrina e práticas que se sucederam ao longo dos séculos na Igreja de Roma.
É certo que se o cristianismo não se tivesse tornado a religião oficial do império romano, a Igreja de Roma nunca teria tido a influência desmesurada que teve no Ocidente, e nunca teria existido o catolicismo romano, mas esse acontecimento não foi a única nem a suficiente causa para o surgimento do que hoje conhecemos como Igreja Católica Apostólica Romana, que além de uma instituição religiosa é um Estado independente.
O catolicismo não se tornou oficial quando o cristianismo foi tolerado a partir de Constantino, ele passou a ser definido, a partir de 380 com o decreto dos imperadores, ficou estabelecido que a partir daquele momento, o cristianismo interpretado por Roma, era a unica forma aceita, a partir dai, é que o declínio se tornou cada vez maior!!!
Não confundir o Cristianismo Antigo com o Catolicismo Romano. Em rigor, só tem cabimento falar de Catolicismo Romano depois do cisma do Oriente ocorrido em 1054, para distinguir a Igreja de Roma das Igrejas Ortodoxas orientais e outras independentes de Roma.
Antes desta data deve falar-se em Igreja de Roma, Igreja do Norte de África, Igreja de Alexandria, Igreja de Jerusalém, Igreja Grega etc. Todas estas igrejas eram independentes, sendo que através de concílios ecuménicos mantinham uma comunhão universal (católica) de igrejas.
Assim, no século IV a jurisdição da Igreja de Roma limitava-se à cidade de Roma e aos seus subúrbios. É claro que umas igrejas eram mais importantes politicamente que outras. A Igreja de Roma, sendo a Igreja da capital do Império e a única "sé apostólica" do Ocidente, tinha uma grande importância religiosa e política. Se o bispo de Roma não subscrevesse as decisões de um concílio ecuménico havia um grande problema político e religioso no Império.
Ora, este equilíbrio de Igrejas com o tempo foi desfeito à mesma medida que ia sendo desfeito o império, porque as Igrejas do Norte de África foram perdendo força até desapareceram com as invasões Árabes. Com as Igrejas de Alexandria e Jerusalém ocorreu a mesma coisa e praticamente desapareceram após as invasões Árabes. De modo que restaram apenas dois grandes centros da cristandade. A Igreja de Roma e a Igreja de Constantinopla.
Foi só no ano de 445 que o bispo de Roma Leão Magno conseguiu do imperador, que nessa altura já se tinha mudado para o Oriente, a jurisdição sobre todo o Ocidente. O Império Romano do Ocidente estava em decadência e poucos anos depois acabou por cair.
Então a Igreja de Roma ficou livre do Estado imperial e do imperador, e ganha ainda mais força política, porque no meio do caos instalado vai ocupar o poder político e temporal deixado vago pelo Império. O bispo de Roma torna-se assim praticamente como um novo imperador do Ocidente. No século VIII, o papado apoiado numa falsificação chamada Doação de Constantino cria os Estados pontifícios e não quis deixar o poder temporal senão até data recente. Enquanto isso a Igreja no Oriente continuava sob a alçada do Império Romano do Oriente e dos imperadores.
Este decreto é chamado o Édito de Tessalonica (https://en.wikipedia.org/wiki/Edict_of_Thessalonica).
O que resulta deste Édito é o fim da liberdade religiosa no Império romano, que tinha sido concedida pelo imperador Constantino cerca de 70 anos antes, e proclama o cristianismo (não o catolicismo romano!) como a religião oficial do império.
Coloco em seguida todo o texto do decreto traduzido da mesma obra que refere:
"Desejamos que todas as pessoas, sob a influência benigna das nossas regras de clemência, voltem-se para a religião que a tradição desde Pedro até aos dias de hoje declara ter sido entregue aos Romanos pelo bem-aventurado Pedro Apóstolo, a religião que é claro o Pontífice Dâmaso e Pedro, Bispo de Alexandria, um homem de santidade apostólica, seguem; esta fé é que creiamos, de acordo com a disciplina apostólica e a doutrina evangélica, que há um Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, em igual Majestade e uma santa Trindade. Ordenamos que aqueles que seguem esta doutrina recebam o título de Cristãos Católicos, mas os outros, nós os jul¬gamos serem loucos e delirantes e dignos da desgraça resultante do ensinamento herético, e as suas assembléias não são dignas de rece¬ber o nome de igrejas. Eles devem ser punidos não só pela retribuição divina mas também pelas nossas próprias medidas, que decidimos de acordo com a inspiração divina.
Dado na terceira calenda de março em Tessalônica, Graciano e Teodósio sendo cônsules"
O decreto refere-se a doutrina ortodoxa da Trindade estabelecida em Niceia. Os outros “loucos e delirantes” e as assembleias que não devem ser chamadas de igrejas são os grupos hereges antitrinitários (como os arianos, patripassianos, novacianos etc.), que não se tinham dado por vencidos após o concílio de Niceia e continuavam a criar conflitos pelo Império.
Na mesma obra que refere, os autores comentam este Édito dizendo:
Comentário:
"Este Édito é o primeiro que definitivamente introduz a ortodoxia Católica como a religião oficial do mundo Romano. Ele marca o fim da grande controvérsia religiosa do século IV sobre a Trindade, ocasionada pela heresia Ariana e suscitando definições do dogma ortodoxo pelos Concílios de Nicéia (325) e de Constantinopla (381). O reconhecimento da verdadeira doutrina da Trindade é tornado a prova de reconhecimento do Estado. A citação da Sé Romana como o modelo de crença correta é significativo, a menção do nome do patriarca de Alexandria com a do papa foi devido à forte defesa da Sé Egípcia da posição trinitária, particularmente sob Santo Atanásio. A última frase do Édito indica que os imperadores contemplam o uso da força física a serviço da ortodoxia, este é o primeiro caso registrado de tal orientação".
Depois da "cristianização" do Império Romano por Constantino, ocorreram acontecimentos diversos, alguns dos quais contribuíram para afirmar a fé ortodoxa (em sentido estrito) tal como se expressa nas definições e nos Credos dos primeiros concílios ecuménicos que todos os cristãos podem subscrever.
O desvio doutrinal com respeito às doutrinas bíblicas não foi súbito, completo nem generalizado. Mas certamente ocorreu e deu lugar ao surgimento do que hoje conhecemos como Igreja Católica Apostólica Romana, com sua estrutura hierárquica, doutrinas e práticas que em muitos casos não são conformes às Escrituras. Isto não significa que no princípio absolutamente tudo fosse mau ou estivesse corrompido para lá de toda a possibilidade de recuperação.
Aqueles que sustentam a tese da apostasia total são geralmente grupos heréticos ( os sabatistas[testemunhas de jeová e extremistas do advento) e os mórmons são um caso típico) ou simplesmente ignorantes da complexa história da Igreja.
As doutrinas distintivas da Igreja de Roma e que são aportes propriamente seus são todas muito tardias e desconhecidas para a Igreja antiga, como o dogma da Transubstanciação e delimitação de sete sacramentos, que é necessário para a salvação estar sujeito ao papa, a definição do cânon do AT com inclusão dos apócrifos, a Tradição oral apostólica em pé de igualdade com as Escrituras, a Imaculada Conceição, o primado e a infalibilidade do papa, a Assunção Corporal da virgem Maria, etc.
Em outras palavras, o bom que tem a Igreja de Roma é o que traz da antiguidade (primeiros quatro séculos), que não foi aporte primariamente seu (com excepção da carta de Leão Magno que foi ratificada em Calcedónia). A maior parte do que acrescentou é alheio ou contrário à revelação bíblica.
Nota 2 : Quanto ao número de vítimas da Inquisição não há forma de determinar com precisão. Então a maior parte dos números que se avançam ou dimimuem, quer sejam feitos por católicos ou protestantes, são apenas palpites particulares.
No entanto, há uma fonte que é mais que um mero palpite, porque obedece a uma metodologia de cálculo, e portanto merece credibilidade científica.
A fonte é a Oxford World Christian Encyclopedia que é uma obra de referência padrão. Pode-se citá-la como factual, e as suas referências são aceites na academia.
World Christian Encyclopedia (2001): This book is the standard reference work for religious statistics of all kinds, both Britannica and the World Almanac cite from it.
CONFESSION OF VICTIMS, AD 33-2000
(total martyrs of each tradition)
Orthodox 42,798,000
Russian Orthodox 21,626,400
East Syrians (Nestorians) 12,379,000
Ukrainian Orthodox 3,500,000
Gregorians (Armenian Apostolic) 1,215,100
Roman Catholic 12,210,000
Catholics (before AD 1000) 855,000
Independents 3,512,000
Protestants 3,172,000
Anglicans 1,046,000
Marginal Christians 6,700
other and background martyrs 6,675,700
PERSECUTORS AND THEIR VICTIMS,
AD 33-2000
Persecutors responsible Martyrs
State ruling power 55,871,000
Atheists (overlap with above) 31,689,000
Muslims 9,121,000
Ethnoreligionists (animists) 7,469,000
Roman Catholics 5,171,000
Quasi-religionists 2,712,000
Buddhists (Mahayana) 1,651,000
Hindus 676,000
Zoroastrians (Parsis) 384,000
Eastern Orthodox 222,000
Other non-Christians 115,000
Other Christians 146,000
SUBTOTALS:
Non-Christian persecutors 63,882,000
Christian persecutors 5,538,000
Total all martyrs 69,420,000
https://www.gordonconwell.edu/resources/documents/gd16.pdf
Como se pode ver, este estudo aponta para cerca de 5 milhões as vitimas do Catolicismo Romano.
Portanto, devese admitir que a carnifícina foi ainda maior do que aquilo que muitos imaginam, e que na verdade pode ascender à casa dos milhões o número de vítimas do Catolicismo Romano.
No entanto, basta ter havido só uma vítima para que a culpa de derramamento de sangue inocente não possa ser negada à instituição vaticana e a sua integridade questionada.
Muitos católicos dizem que a "Igreja é santa", querendo com isto afirmar uma impecabilidade moral e doutrinal do romanismo que é pura fantasia.
Obs: Nota 1 e 2 adicionadas após comentários no blog Conhecereis a Verdade relacionado a analise deste artigo!!!
Notas acrescentadas em 25/09/2013
Texto de Elisson Freire, extraído do site Firme Fundamento
07/10/2014