Depois da morte existe obras e conhecimento?
Depois da morte existe obras e conhecimento?

  Os mortos e os santos podem interceder por nós, nos verem e nos ouvirem depois da morte?

 

 

O Apóstolo Paulo explica em 1 Tessalonicenses 4.13-15 assim sobre a condição dos mortos:

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem
(1 Tessalonicenses 4:13-15).

Quando Paulo fala “aos que dormem”, ele está se referindo aos que já morreram. Também ele ressalta que os mortos Deus, mediante Jesus, trará em sua companhia. Paulo não diz que após a morte há algo que se possa fazer pelos vivos.

Em Lucas 16.19-31, a parábola do rico e de Lázaro, nos mostra que os mortos nada podem fazer para nos ajudar, nem ao menos podem nos ouvir e interceder por nós, os vivos. Segue a parábola:

19. Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.

20. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;

21. E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.

22. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.

23. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.

24. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.

25. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.

26. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.

27. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,

28. Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.

29. Disse-lhe Abraão: Eles tem Moisés e os profetas; que os ouçam.

30. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.

31. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite(Lucas 16:19-31).

Veja o versículo 25 que o rico pede a Abraão mandar a Lázaro molhar em água a ponta do dedo para lhe refrescar a língua, pois está em tormentos nas chamas. Note também que no versículo 26, nem os que estão no tormento e no descanso podem passar de um lado para o outro.

Nos versículos 27 e 28 desta parábola, o rico pede para que Abraão mande Lázaro à casa de seu pai para avisar a seus irmãos, para que o mesmo não aconteça com eles.

Mas Abraão lhe responde da seguinte forma no versículo 29: Eles tem a Moisés e os profetas; que os ouçam.

O homem rico insiste lhe dizendo no versículo 30: Não, pai Abraão; mas se algum DENTRE OS MORTOS fosse ter com eles, arrepender-se-iam.

Porém, Abraão lhe responde algo interessante no versículo 31: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que alguém dos mortos ressuscite.

Nestas passagens nota-se claramente que o rico pensou que alguém que já morreu, poderia voltar para avisar aos outros sobre a condição que ele estava. Mas a ele foi respondido que “eles tem Moisés e os profetas; que os ouçam”. Perceba o detalhe, que Abraão também estava morto e nem ele mesmo podia avisar aos outros, e isso corrobora com o que ele disse no versículo 31.

Se o homem rico, Lázaro e Abraão, não podiam ir do descanso para o tormento, e nem o inverso; nem voltar dos mortos para revelar o que se passa no além; tem Moises e os profetas; significa que a missão de avisar as pessoas sobre o céu e o inferno, cabe somente aos vivos.

Por isso, que Abraão respondeu no versículo 31 que “se não ouvem a Moisés e os profetas (vivos) tampouco acreditarão, ainda que alguém dos mortos ressuscite. Ele estava enfatizando que se nem os vivos que os avisam que podem acabar indo para o tormento – como o homem rico – não se importam com isso, imagine se darão importância mesmo que algum dos mortos ressuscite e lhes pregue a mesma coisa para que acreditem.

Será que acreditariam? Segundo o que Abraão disse “tampouco acreditariam, ainda que algum dos mortos ressuscite”. Se já não ouviram os pregadores que estavam vivos e não creram no que eles diziam, nos mortos acreditariam muito menos.

Outra passagem que ajuda na compreensão desta parábola e a condição dos mortos, é a de 2 Samuel 12.23, sobre o a morte do filho do Rei Davi com Batseba. Assim diz:

Porém, agora que está morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim (2 Samuel 12:23).       

Davi era segundo o coração de Deus, e ele sabia que os mortos não mais podiam voltar e se comunicar com os vivos, pois disse “Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim”.

Em Salmo 30.9 diz assim:

Que proveito há no meu sangue, quando desço à cova? Porventura te louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade?(Salmos 30:9)

Este verso de Salmos 30, sem sombra de dúvida mostra que quando morremos, não temos mais parte neste mundo e nem nas coisas que nele existe. Quando Davi disse que proveito há no meu sangue, quando desço a cova? Ele quis dizer simplesmente que o que depois de morto posso fazer? e acrescenta “Por ventura louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade?Davi claramente diz que ele não poderia louvar mais a Deus na terra, pois estaria morto, e não poderia anunciar a verdade de Deus a seu próximo.

Se temos que fazer algo, isto tem que ser em vida e não depois da morte, por que depois da morte, não há mais obras nem conhecimento do que se passa no mundo dos vivos.

A certeza disso está explicada na passagem do livro de Eclesiastes 9.10 que diz:

Tudo o que te vier a mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque NO ALÉM, para onde TU VAIS, não HÁ OBRA, NEM PROJETOS, NEM CONHECIMENTO, NEM SABEDORIA ALGUMA.

E nos versículos anteriores 5 e 6 de Eclesiastes diz:

Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos NÃO SABEM COISA NENHUMA, nem tampouco terão eles recompensa, porque sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para SEMPRE não têm eles PARTE ALGUMA DO QUE SE FAZ DEBAIXO DO SOL.

Logo, significa que os mortos não oram por nós a Deus; não intercedem por nós; não nos ouvem; não nos vêem; nem se comunicam conosco. Como podem dizer que os mortos intercedem, oram, suplicam por nós se no além, para onde todos vamos, não existe obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria, nem se sabe coisa nenhuma e tampouco recompensa alguma?

Reflita sobre isso.

A Palavra de Deus é viva e eficaz (Hebreus 4.12)

 

Paz e graça a todos.

Cai a farsa romanista.

Por: Willian Furtado

05/12/2014